Os grãos de amido encontrados nas pedras de moagem sugerem que o homem pré-histórico pode ter consumido um tipo de pão há pelo menos 30.000 anos na Europa, disseram pesquisadores dos EUA.
O estudo, (para quem se interesse está aqui) sugeriu que o processamento de grãos de amido, possivelmente moendo-os em farinha, era uma prática generalizada em toda a Europa, contrariando a crença popular de que o homem paleolítico era principalmente um comedor de carne.
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| Pedra de Moer (Domínio Público) |
Os grãos recuperados das pedras de amolar e dos moedores de pilão em três locais na Itália, Rússia e República Checa pareciam vir principalmente de taboas e amendoeiras amiláceas, que, segundo os pesquisadores, forneceriam uma fonte significativa de carboidratos e energia.
A grande variedade de tamanhos e as diferentes morfologias dos grãos de amido recuperados (em dois locais) sugerem que eles foram usados para moer mais de uma espécie de planta e possivelmente para outros fins.
"É como um pão chato, como uma panqueca só com água e farinha", disse a pesquisadora no Instituto Italiano de Pré-História e História Primitiva, Laura Longo.
Para ser digerida adequadamente e obter seu valor total de nutrientes, a farinha teria que ser cozida após o processamento em várias etapas, incluindo descascamento de raízes, secagem e trituração em uma farinha provavelmente utilizável para fazer pão sírio ou bolos.
"Você pode fazer uma espécie de pita (pão sírio) e cozinhá-lo numa pedra quente", disse ela, explicando como a equipe replicou o processo. O produto final era "quebradiço como uma bolacha, mas não muito saboroso", acrescentou ela.
Para o estudo, os pesquisadores analisaram vestígios de desgaste e resíduos em pedras de amolar e outras ferramentas ao microscópio e conduziram a reconstrução experimental de como as ferramentas funcionavam.
O Instituto Italiano de Pré-História e história Primitiva da Itália financiou o protejo, que também recebeu apoio da Soprintendenza per i Beni Archeologici della Toscana.
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