De todas as plantas que o homem cultiva para a sua alimentação, os cereais são das mais importantes.
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seara de trigo (Imagem de Pezibear por Pixabay) |
Em Portugal a palavra pão designa um ciclo de várias etapas até chegar à nossa mesa: a semente, o campo semeado, o cereal crescido, ceifado, atado e transportado na eira, a farinha no moinho, a massa na masseira, no forno, e finalmente, o pão.
Na Idade Média, e até ao século XVI, cultivava-se grande variedade de cereais como o trigo, centeio, cevada e aveia, na Primavera, e milho-alvo e painço na altura do Verão.
Em tempo de escassez, misturavam-se as diferentes variedades de farinhas. Hoje em dia, os principais cereais de pão são o trigo, o centeio e o milho.
O trigo cresce na zona mediterrânica, onde as planícies são férteis e os Verões quentes e secos.
O centeio encontra-se na zona transmontana e montanhosa, com solos de qualidade medíocre, adaptando-se à altitude e aos Invernos rigorosos.
O milho, introduzido em Portugal entre 1515 e 1525, ocupa grande parte da zona atlântica, onde o clima quente e húmido é favorável ao seu desenvolvimento.
Para o distinguir dos milhos tradicionais (miúdo e painço), os portugueses passam ao designá-lo por milho grosso, milho graúdo ou milho de maçaroca.
É muito rentável comparativamente aos outros cereais, pois a sua maturação faz-se apenas em quatro ou cinco meses. A sua cultura, iniciada no Centro e sobretudo no Noroeste do país, onde vai substituir outras menos rentáveis, intensificou-se nos dois séculos seguintes, propagando-se ao Interior (Trás-os-Montes, Beiras) e ao Sul (Alentejo e Algarve).
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