Breves sobre o imaginário, mitologia e simbologia do pão

Todos os dias vão sendo adicionados mais conhecimentos sobre a origem do pão, acreditando-se  que tem pelo menos 12 mil anos de existência, já sendo produzido pelos povos de Mesopotâmia.

Palavra originária do latim "panis", o pão expandiu-se pelo mundo e apresenta-se hoje sob numerosas variedades, condicionadas a culturas de cereais, aos hábitos e paladares do consumidor. Os diversos tipos de pães decorrem dos diferentes tipos de farinha e de levedura utilizadas e também da forma de cozimento.

É o alimento mais universal e popular de todo o planeta, e nas diversas civilizações o alimento principal na refeição, quando não o único.

Mitologia do Pão (Imagem de Renato Canepa por Pixabay)



Ao longo da história das civilizações pela sua importância o pão possui um poder simbólico e mítico muito grande, como significante de abundância, de pureza, de riqueza e de outros sentimentos.

O pão intervém na história do homem, também pelo lado religioso e económico.

Nas comunidades cristãs, o pão é símbolo de vida, alimento do corpo e da alma, e símbolo da partilha. Foi sublimado na multiplicação dos pães, na Santa Ceia e até hoje simboliza a fé, na missa e Eucaristia católica, em que a hóstia representa o corpo de Cristo. 

Na Antiguidade, tanto os deuses como os mortos, quer sejam egípcios, gregos ou romanos, eram honrados com oferendas de animais e flores em massa de pão. 

Era comum, também, entre egípcios e romanos, a distribuição de pães aos soldados, como complemento de soldo, costume que perdurou até a Idade Média.

As mães europeias por exemplo davam a massa do seu pão às filhas que iam casar, acreditando que elas adquiririam os mesmos dotes na cozinha e como mulher, em representação da sua qualidade e valorização.

A posição social já foi discernida pela cor do pão consumido. O escuro era para as classes mais baixas, e o branco para a alta sociedade. 

No Egipto, utilizava-se o pão como moeda de troca, e pagavam-se três pães e dois copos de cerveja, por um dia de trabalho.

Entre os judeus, o fermento representa corrupção e, por isso, até hoje, alimentam-se de pão ázimo, que também são oferecidos a Deus.

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