Ao longo da história conhecida, não há dúvidas de que o pão tem sido um dos principais alimentos da humanidade, sendo um dos mais antigos alimentos manipulados pelo homem que aparece com o início da agricultura.
![]() |
Cultura Natufiana (Wikipedia) |
Surgimento do pão
Na Europa foram detectados resíduos de amido em rochas usadas para a perfuração e esmagamento de plantas com mais de 30.000 anos de idade que sugerem o uso de técnicas primitivas para obtenção de um produto embrionário do pão.
É possível que nessa altura, as sociedades primitivas recorressem à transformação de raízes ou sementes numa forma de pasta ou extracto de amido, sendo depois cozido sob a acção do fogo, obtendo uma forma primitiva de pão.
A evidência mais antiga e consistente da produção de pão foi encontrada no nordeste da Jordânia, precisamente no local onde há cerca de 14.500 anos estava estabelecida uma cultura que se denominou de cultura natufiana.
Tratava-se de um povo que, apesar de viver essencialmente da caça e da colecta de alimentos,, ao mesmo tempo possuíam já instrumentos que sugerem um avanço incipiente no sentido da produção de alimentos, como por exemplo: foices, pedras de moer.
Por volta de 10.000 aC, com o alvorecer da era neolítica e a disseminação da agricultura, os grãos tornaram-se a base da produção de pão.
O Pão no Antigo Egito
O pão fermentado, semelhante ao que comemos hoje, já era consumido pelos egípcios por volta de 4000 anos a.C.
No Antigo Egipto, o pão pagava salários e os camponeses ganhavam três pães e dois cântaros de cerveja por dia de trabalho.
O sistema de fabricação dos egípcios era muito simples: pedras moíam o trigo que, adicionado à água, formava uma massa mole, que era assada.
Este sistema encontra-se ilustrado em pinturas encontradas sobre tumbas de reis que viveram por volta de 2500 a.C.
Em Israel
As primeiras padarias surgiram em Jerusalém, após o contato com os egípcios, com quem os hebreus aprenderam as melhores técnicas de fabricação e obtiveram a receita.
Pouco tempo depois, já existia na cidade uma famosa rua de padeiros.
Na Antiguidade Clássica
O pão também teve a sua história na Grécia e em Roma. Na Grécia, ocorreu na mesma época que no Egipto. Já em Roma, foi bem mais tarde (800 anos a.C.), porém com grande importância.
Foi em Roma, por volta de 500 a.C., que foi criada a primeira escola para padeiros, tendo-se tornado o principal alimento daquela civilização preparado em padarias públicas.
Pode-se dizer que, com a expansão do Império Romano, o hábito de consumir pão foi difundido por grande parte da Europa.
Na Idade Média
Com o início da Idade Média, por volta do ano 476 da era comum, as padarias acabaram e a produção de pão voltou a ser caseira. Assim, as pessoas voltaram a comer pão sem fermento.
Na Idade Moderna
No século XVII, a França torna-se um destaque mundial na fabricação de pães, desenvolvendo técnicas aprimoradas de panificação.
A industrialização do pão
O aparecimento da máquina ocorre somente no século XIX, com as amassadeiras (hidráulicas ou manuais), com um custo muito alto e também com grande rejeição.
Os consumidores mostraram-se “hostis” com o pão feito mecanicamente. Pouco tempo depois surge o motor elétrico e a reclamação passa a ser dos padeiros. Cada máquina substituía dois padeiros.
Hoje, o trigo é tratado em moinhos, é lavado, escorrido e passado por cilíndricos que separam o grão da casca.
Enviar um comentário